Com o intuito de melhorar a comunicação efetiva e garantir uma assistência à saúde segura e focada nas diversidades culturais, o Hospital e Maternidade Municipal Nossa Senhora da Graça (HMMNSG) idealizou dois formulários de comunicação específicos para estreitar os laços com a comunidade indígena do município São Francisco do Sul.
A iniciativa partiu da assistência social e do Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente (NQSP) e busca dar mais segurança ao paciente indígena com a coleta de informações precisas para a realização do diagnóstico.
Os formulários adaptados são a Ficha de Identificação Sócio Cultural Indígena e o Histórico de Saúde Indígena, que foram entregues e explanados sobre sua utilização para as enfermeiras da aldeia.
“Toda vez que algum paciente de origem indígena for atendido no hospital ou na UPA, ele deverá trazer consigo esses dois formulários preenchidos (na aldeia) como instrumento facilitador de comunicação”, afirma Karolline Menegon, enfermeira responsável elo
NQSP do HMMNSG.
Em março deste ano, representantes do HMMNSG estiveram reunidos com a enfermeira Juliana Faleiro e a chefe do Polo Base da Saúde Indígena de Araquari, Marilene Escobar, para detalhar o projeto de inclusão. Em São Francisco do Sul, os índios da tribo Guarani das aldeias Laranjeira e Reta de SFS procuram atendimentos no HMMNSG e também na UPA 24 Horas.
Durante a conversa, Marilene ressaltou a questão da timidez indígena que é cultural na etnia Guarani e o fato deles não conseguirem falar o idioma português fluentemente, o que dificulta a comunicação entre equipe hospitalar e os pacientes indígenas.
“É importante ressaltar a importância do diálogo para que possamos refletir sobre a interculturalidade dos povos indígenas garantindo a eles um atendimento digno em saúde”, ressalta Leila Souza, assistente social do HMMNSG e UPA 24h.
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