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Instituto Butantan vai ampliar fábrica para produzir vacina contra Covid-19



O Instituto Butantan vai iniciar em novembro deste ano as obras em sua fábrica para ampliação da capacidade de produção de vacinas. A expectativa do governo de São Paulo é que os trabalhos estejam concluídos a partir de setembro do ano que vem. O local ficará inicialmente voltado para a produção da vacina contra o novo coronavírus, fruto de uma parceria entre o Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac, mas futuramente poderá fabricar outros tipos de imunizantes.


Com a ampliação, o Butantan poderá produzir mais de 100 milhões de doses da CoronaVac por ano, a partir de 2022. O investimento necessário para a construção, ampliação e modernização da nova fábrica do Butantan é de cerca de R$ 160 milhões, mas o governo paulista diz já ter arrecadado R$ 97 milhões em doações de empresas privadas (sem contrapartida) o que, segundo o governador de São Paulo, João Doria, já permite a contratação do projeto executivo e início da obra.


Testes

A CoronaVac já está na fase 3 de testes em humanos. Ao todo, os testes com a CoronaVac – que tiveram início no Brasil em julho – serão realizados em 9 mil voluntários em centros de pesquisas de seis unidades da Federação: São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.


Caso a última etapa de testes comprove a eficácia da vacina, o acordo entre a Sinovac e o Butantan prevê a transferência de tecnologia para produção do imunizante no Brasil. A CoronaVac prevê a administração de duas doses por pessoa. Segundo o governo paulista, caso os testes comprovem sua eficácia, a CoronaVac já poderia estar disponível para vacinação de brasileiros a partir de dezembro deste ano.


"Nós, aqui no Brasil, provavelmente, seremos um dos primeiros do mundo a ter uma vacina disponível para vacinação em massa”, adiantou o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas. “O processo de transferência tecnológica (com a Sinovac) já começou. Todos os sistemas de qualidade já estão sendo desenvolvidos e preparados para receber o primeiro lote de matéria-prima em outubro. No mesmo mês, vamos começar a formular as primeiras doses dessa vacina no Instituto Butantan e, até o final de dezembro, já esperamos ter disponíveis para entrega ao Ministério da Saúde cerca de 46 milhões de doses", completou Covas.


Apoio

Até março de 2021, o Butantan espera ter disponível mais 15 milhões de doses da vacina. Conforme o governador Doria, existem 61 milhões de doses da vacina já asseguradas com a Sinovac. “Se tivermos o apoio do Ministério da Saúde, o Butantan fará a aquisição de 100 milhões de doses, além de prosseguir no seu programa de captação de recursos do setor privado e do ministério para que sua fábrica seja rapidamente implantada e possa produzir a vacina para o combate da pandemia hoje e sempre”, acrescentou.


Caso seja aprovada em testes e receba aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a CoronaVac ficará disponível para imunização pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ressaltou Doria.


*Texto produzido pela Agência Brasil

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